UpSide Down ADVERTE ! Abaixo desta tarja vermelha você vai encontrar altas doses de ética, cidadania, bom senso e culto à educação, tudo de forma EXPLÍCITA. Porém se você, assim como nós do UpSide Down, também acha que este mundão está de cabeça para baixo, com muita coisa errada, com péssimos exemplos dos formadores de opinião, falta de ética, inversão de valores e outros troços, então este blog foi feito para você, cidadão ! Fique à vontade.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

EXTRA: FUTEBOL NO CANAL SPEED. ACABOU O MUNDO MESMO?

As imagens falam por si só. O prezado leitor, após breve observação das mesmas, há de perguntar-se: - O que a logomarca do canal Speed está fazendo numa transmissão de jogo de futebol ?? Peraí ! Futebol num canal dedicado aos esportes à motor, tipo automobilismo, motociclismo e afins ??
Pois é, aconteceu ontem, apesar dos inúmeros comentários postados por assinantes no fórum do canal alertando-os da insatisfação que isso traria a assinantes que PAGAM para ver um canal que era, até então, um dos raros canais onde se podia assistir programação relacionada SOMENTE à velocidade (o slogan do próprio canal diz "O canal da velocidade").
Bom, leiam a postagem abaixo, que transcrevo do Blog Auto Entusiastas e concluam por si só.

"Foi ontem, dia 10 de agosto de 2011.
Mais um capítulo da saga " O mundo acabou, e vivemos nele".
O canal Speed, levado ao ar pela Net aqui em São Paulo, transmitiu um jogo de futebol. Vejam as fotos. Foram tiradas por volta das 22 horas, um pouco depois do jogo começar.
Eu poderia parar por aqui, e decretar o fim dos tempos ao menos para os entusiastas automobilísticos, mas deixo alguns comentários.
Assino a televisão a cabo da Net por um motivo básico, o canal Speed.
Era uma luz na escuridão, um porto seguro para atracar o barco da desilusão televisiva nacional.
Quando tudo estava perdido, com programas ruins de todos os gêneros, esse canal era a saída para ver algo relativo a carros ou motos, e respirar aliviado novamente, escapando do sufoco dos canais feitos para pessoas que não são entusiastas de máquinas e motores.
Mas ontem, acabou.
Espero que a Fox, dona desse canal, se explique, e que essa explicação seja seguida de uma afirmação que esse erro enorme, brutal e violento jamais se repetirá.
Caso contrário, cancelarei a assinatura da Net, e convocarei todos os autoentusiastas a fazer o mesmo.
Por favor, divulguem esse absurdo, para que o erro não se repita. "



 

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

O que você não sabe sobre aquele caminhão que te fechou na estrada

Deixe-me falar um pouco sobre aquele caminhoneiro para quem você mostrou o dedo porque ele estava ultrapassando outro caminhão, te obrigando a reduzir até que ele completasse a ultrapassagem e se posicionasse de volta na faixa.
A velocidade de seu caminhão é limitada, porque a companhia para quem ele trabalha acredita que isso é melhor para a segurança dele, dos outros motoristas e do próprio caminhão.
O caminhão que ele ultrapassou deveria estar a uns 75 km/h para economizar combustível. Entenda, a média de consumo de combustível de um caminhão desses é de 3 km/l de diesel. E sim, muitas vezes o caminhoneiro paga por seu próprio combustível.
Ele precisa estar a 1.631 km do lugar onde carregou seu caminhão em dois dias. E ele não pode falsificar os registros da viagem, pois estes não são mais feitos no papel; são eletrônicos.
Ele pode dirigir por onze horas em um período de 14 horas, e então parar por dez horas. E como a companhia onde foi feito o carregamento o prendeu por cinco horas por filas e falta de pessoal, ele agora precisa dirigir sem parar para comer ou descansar.
Se ele perder o horário da entrega, sera reagendado para o próximo dia, pois o receptor tem horários bem rigorosos para descargas (e um quadro de funcionários bem reduzido). Isso significa que o caminhoneiro terá que esperar, perdendo mais de 800 km na semana.
O resultado: seus ganhos serão reduzidos, e ele levará menos dinheiro para sua família. A maior parte destes caras pega a estrada por dez dias, volta para casa e fica lá por um dia e meio, e consegue uma média de 500 dólares por semana se tudo correr bem – no Brasil, a renda média bruta de um caminhoneiro é de 2.500 reais.
Não dá para dizer só de olhar para ele, mas há duas horas ele recebeu uma ligação avisando que sua única irmã sofreu um acidente de carro, e embora tenham feito o possível para salvá-la, ela morreu. Eles a mandaram de avião para um hospital em Detroit, mas era tarde demais.
Ele não a via desde o Natal, mas os dois conversavam toda semana por telefone. A carga que ele leva vai para Atlanta, e ele provavelmente não chegará a tempo para o funeral.
Seu despachante fará de tudo para que ele consiga chegar lá, mas as chances são mínimas. O caminhoneiro nem percebeu seu descontentamento por ter que reduzir para ele. Não que ele não se importe. Ele só está desorientado.
Tudo o que você compra em uma loja e tudo o que você compra pela Internet é transportado de caminhão. Aviões e trens não podem levá-las para sua casa ou para o mercado. Somos dependentes dos caminhões para levar mercadorias do aeroporto e das estações de trem para as lojas e para nossas casas.
Todos os dias motoristas experientes e qualificados desistem do trabalho porque o governo, o trânsito, as estradas, os ladrões e as companhias gananciosas envolvidas com o transporte rodoviário sugaram todo o seu entusiasmo por essa vida.
Eles pegam o primeiro emprego que aparece em uma fábrica ou como vendedores, e são substituídos por um jovem inexperiente que sonha em passar a vida na estrada. Esta inexperiência se traduz em entregas atrasadas, levando a escassez de produtos, preços mais altos nas lojas, e a acidentes que levam a mortes desnecessárias.
Pode até ser que isso tenha causado a morte da irmã desse caminhoneiro.
Esta é uma história real, que aconteceu na semana passada. O nome do caminhoneiro é Harold, e eu sou seu despachante.
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Dan Hanson é gerente de frota de uma transportadora em Minnesota. Este artigo foi originalmente publicado no The Minneapolis Star-Tribune no dia 03 de agosto de 2011, e foi reproduzida aqui com permissão. Crédito pelas fotos: bradleygee, J Jackson Photography.